O cacique Raoni recebeu o título de cidadão honorário de Paris, a capital da França. Ele está no país em campanha pela suspensão das obras da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A prefeitura de Paris informou que a escolha de Raoni foi feita baseada na atuação em defesa da Floresta Amazônica e dos povos indígenas do Brasil.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Cacique Raoni recebe título de cidadão honorário de Paris
O cacique Raoni recebeu o título de cidadão honorário de Paris, a capital da França. Ele está no país em campanha pela suspensão das obras da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A prefeitura de Paris informou que a escolha de Raoni foi feita baseada na atuação em defesa da Floresta Amazônica e dos povos indígenas do Brasil.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Parlamentares aproveitam decreto do governo para reduzir reservas
Parlamentares armaram uma surpresa para o plano do governo de reduzir três parques na Amazônia por medida provisória: colocaram no texto emendas que acabam com 650 mil hectares de outras áreas protegidas.
Uma extensão superior à do Distrito Federal seria subtraída de unidades de conservação no Pará e em Minas Gerais que nada têm a ver com a medida provisória. Tais emendas costumam ser apelidadas de "contrabando".
Elas foram apensadas à MP 542, que Dilma Rousseff baixou em agosto para acomodar três hidrelétricas em Rondônia e no Amazonas cujos reservatórios se sobrepunham aos parques.
A medida foi criticada na ocasião por ambientalistas. Segundo os verdes, só se pode alterar o limite de unidades de conservação por lei.
De acordo com o governo, a MP visa corrigir "com urgência" impedimentos legais ao funcionamento das usinas.
Urgência foi exatamente o argumento usado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) para propor o "contrabando" que reduz de 200 mil para 71 mil hectares a área do parque nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais.
O parque é palco de uma disputa entre agricultores, mineradores de quartzo e diamante e o Instituto Chico Mendes, que gerencia as unidades de conservação.
Elas foram apensadas à MP 542, que Dilma Rousseff baixou em agosto para acomodar três hidrelétricas em Rondônia e no Amazonas cujos reservatórios se sobrepunham aos parques.
A medida foi criticada na ocasião por ambientalistas. Segundo os verdes, só se pode alterar o limite de unidades de conservação por lei.
De acordo com o governo, a MP visa corrigir "com urgência" impedimentos legais ao funcionamento das usinas.
Urgência foi exatamente o argumento usado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) para propor o "contrabando" que reduz de 200 mil para 71 mil hectares a área do parque nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais.
O parque é palco de uma disputa entre agricultores, mineradores de quartzo e diamante e o Instituto Chico Mendes, que gerencia as unidades de conservação.
Há um projeto de lei de 2007, de autoria de Cunha e outros deputados mineiros, que reduz o parque em 70% para acomodar seus ocupantes. "Como a lei anda em passo de tartaruga e a MP é mais ágil, fiz essa proposta", disse o deputado à Folha.
DUAS MEDIDAS
Segundo Cunha, a área do parque, criado em 1970, "sempre foi de 71 mil hectares". Isso porque o decreto de criação da unidade continha um erro: decretava uma área de 200 mil, mas só considerava 71 mil passíveis de desapropriação --ou seja, o governo permitiu a ocupação de 129 mil hectares.
O Instituto Chico Mendes e o Ministério de Minas e Energia já fizeram um acordo para suspender a mineração na área, reduzir 9.000 hectares do parque e retirar lentamente os ocupantes.
Eles querem a redução maior. "Por que fizeram uma MP para resolver as hidrelétricas e não para a agricultura familiar?", diz Cunha.
Dois outros "contrabandos" são do senador ruralista Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Um quer reduzir em 520 mil hectares a floresta nacional do Jamanxim, Pará. A outra divide quase ao meio a Reserva Biológica da Serra do Cachimbo, no mesmo Estado. Uma área de 162 mil hectares seria transformada em parque nacional. A outra metade (168 mil hectares) viraria APA (área de proteção ambiental), categoria que não protege quase nada.
O senador diz que, a criação das duas unidades, em 2005, foi feita "sem levantar a realidade da área", onde moram centenas de pessoas. Ele é autor de um projeto que determina que a criação de novas áreas protegidas seja aprovada antes pelo Senado.
Flexa diz que, já que o governo não tem dinheiro para indenizar os ocupantes de unidades de conservação, deveria frear sua criação.
A MP com os "contrabandos" será submetida ao plenário da Câmara na quinta-feira. No Senado, Flexa Ribeiro diz ter um apoio de peso a suas emendas: o do líder do governo no Senado, Romero Jucá.
Segundo Cunha, a área do parque, criado em 1970, "sempre foi de 71 mil hectares". Isso porque o decreto de criação da unidade continha um erro: decretava uma área de 200 mil, mas só considerava 71 mil passíveis de desapropriação --ou seja, o governo permitiu a ocupação de 129 mil hectares.
O Instituto Chico Mendes e o Ministério de Minas e Energia já fizeram um acordo para suspender a mineração na área, reduzir 9.000 hectares do parque e retirar lentamente os ocupantes.
Eles querem a redução maior. "Por que fizeram uma MP para resolver as hidrelétricas e não para a agricultura familiar?", diz Cunha.
Dois outros "contrabandos" são do senador ruralista Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Um quer reduzir em 520 mil hectares a floresta nacional do Jamanxim, Pará. A outra divide quase ao meio a Reserva Biológica da Serra do Cachimbo, no mesmo Estado. Uma área de 162 mil hectares seria transformada em parque nacional. A outra metade (168 mil hectares) viraria APA (área de proteção ambiental), categoria que não protege quase nada.
O senador diz que, a criação das duas unidades, em 2005, foi feita "sem levantar a realidade da área", onde moram centenas de pessoas. Ele é autor de um projeto que determina que a criação de novas áreas protegidas seja aprovada antes pelo Senado.
Flexa diz que, já que o governo não tem dinheiro para indenizar os ocupantes de unidades de conservação, deveria frear sua criação.
A MP com os "contrabandos" será submetida ao plenário da Câmara na quinta-feira. No Senado, Flexa Ribeiro diz ter um apoio de peso a suas emendas: o do líder do governo no Senado, Romero Jucá.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
As cidades estão se transformando em deserto pelo mundo, avisa ONU
A desertificação ganha terreno no mundo, mas não é uma fatalidade e muito depende da política adotada pelos governos", afirmou nesta terça-feira a ONU, em reunião durante a Assembleia Geral Anual das Nações Unidas.
Cerca de 40% das terras do mundo são áridas ou semi-áridas e dois bilhões de pessoas dependem destes solos para a sua subsistência. "Por que permitirmos a deterioração destas terras áridas?", questionou o servidor da ONU em seu discurso nesta reunião, realizada em Nova York. "Tomemos hoje a iniciativa de reverter a tendência. Contrariamente a uma percepção muito disseminada, nem todas as terras áridas são estéreis", afirmou Ban Ki-Moon.
A cada ano são perdidos 12 milhões de hectares de terras produtivas, segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (CNUCD). "A cada minuto são perdidos 23 hectares de terras produtivas por causa da degradação", uma superfície que daria para produzir 20 milhões de toneladas de cereais, compara a CNUD.
Em seu discurso, apresentou certos casos bem-sucedidos, entre eles a restauração de antigos terraços nos Andes do Peru ou a plantação de árvores para conter o avanço das dunas do Saara. "Há exemplos em todos os continentes de governos que revertem a tendência à desertificação e melhoram a produtividade das terras", destacou.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, o catariota Nassir Abdulaziz Al-Nasser, insistiu no fato de que a desertificação traz à tona a questão da segurança alimentar, como mostra a fome que afeta atualmente o leste da África. "O custo humano e econômico da desertificação é enorme", advertiu.
Segundo a ONU, a questão da desertificação abarca o desaparecimento de terras onde as populações tinham a capacidade de plantar ou criar gado e que se tornaram áreas áridas onde vivem 2,3 bilhões de pessoas de quase 100 países.
O Brasil já possui mais de 1.600 cidades em processo de desertificação, transformando-se em deserto. As causas; destruição das matas atlânticas, substituída por cana-de-açúcar, soja e gado.
Cerca de 40% das terras do mundo são áridas ou semi-áridas e dois bilhões de pessoas dependem destes solos para a sua subsistência. "Por que permitirmos a deterioração destas terras áridas?", questionou o servidor da ONU em seu discurso nesta reunião, realizada em Nova York. "Tomemos hoje a iniciativa de reverter a tendência. Contrariamente a uma percepção muito disseminada, nem todas as terras áridas são estéreis", afirmou Ban Ki-Moon.
A cada ano são perdidos 12 milhões de hectares de terras produtivas, segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (CNUCD). "A cada minuto são perdidos 23 hectares de terras produtivas por causa da degradação", uma superfície que daria para produzir 20 milhões de toneladas de cereais, compara a CNUD.
Em seu discurso, apresentou certos casos bem-sucedidos, entre eles a restauração de antigos terraços nos Andes do Peru ou a plantação de árvores para conter o avanço das dunas do Saara. "Há exemplos em todos os continentes de governos que revertem a tendência à desertificação e melhoram a produtividade das terras", destacou.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, o catariota Nassir Abdulaziz Al-Nasser, insistiu no fato de que a desertificação traz à tona a questão da segurança alimentar, como mostra a fome que afeta atualmente o leste da África. "O custo humano e econômico da desertificação é enorme", advertiu.
Segundo a ONU, a questão da desertificação abarca o desaparecimento de terras onde as populações tinham a capacidade de plantar ou criar gado e que se tornaram áreas áridas onde vivem 2,3 bilhões de pessoas de quase 100 países.
O Brasil já possui mais de 1.600 cidades em processo de desertificação, transformando-se em deserto. As causas; destruição das matas atlânticas, substituída por cana-de-açúcar, soja e gado.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Alterações no Código Florestal:
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável divulgou ontem (1º) uma análise sobre a constitucionalidade do Projeto de Lei que visa modificar o Código Florestal Brasileiro. A conclusão foi que as alterações propostas pelo senador Luiz Henrique (PMDB/SC) consolidam a anistia aos desmatadores e ainda diminui a proteção ambiental.
Além disso, a análise afirma que o substituto é inconstitucional por "tratar desigualmente os cidadãos, beneficiando quem descumpriu a lei". Apesar de afirmarem que o projeto tenha muitos outros problemas, a análise só atende aos aspectos "meramente jurídicos".
Análise
Pastos respondem por 83% do desmate da Amazônia
O desmatamento da Amazônia até 2008 havia alcançando 17,5% da região, ou 719 mil quilômetros quadrados. Desse total, a agricultura ocupava, em 2008, 34,9 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a 5% da área desmatada.
Os pastos ocuparam 83,1% das áreas desmatadas na Amazônia até 2008, de acordo com estudo feito em parceria pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), com base em imagens de satélites. O estudo, divulgado hoje, é o primeiro destinado a identificar o uso do solo depois da derrubada de árvores na floresta.
O desmatamento da Amazônia até 2008 havia alcançando 17,5% da região, ou 719 mil quilômetros quadrados. Desse total, a agricultura ocupava, em 2008, 34,9 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a 5% da área desmatada.
AGÊNCIA ESTADO
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