Além do atraso de um ano e dois meses, o valor da ponte sobre o rio Negro, que saltou de R$ 574,8 milhões para R$ 1,068 bilhão é um dos pontos mais polêmicos da maior obra de engenharia iniciada pela gestão do ex-governador e hoje senador Eduardo Braga (PMDB).
A obra começou em dezembro de 2007. O contrato assinado pela Secretaria Estadual de Infra-estrutura (Seinf) e o consórcio Rio Negro, formado pela empresa Camargo Corrêa e Construbase, datado de 30 de novembro daquele ano, previa 825 dias corridos de obra, que se encerrariam em março de 2010, e custo de R$ 574,8 milhões.
Desse contrato faziam parte apenas as obras de engenharia da ponte e infraestrutura viária da ponta do Pepeta, em Iranduba, e da ponta do Ouvidor, em Manaus. Em julho de 2008, o contrato foi desmembrado e as obras viárias, no valor total de R$ 68,2 milhões, cedidas à construtora Etam, a empresa que mais faturou contratos na administração de Braga.
Em novembro de 2009, a parte cedida à Etam ganhou aditivo de R$ 17 milhões, ou 24,98% do total. Em julho do ano seguinte, a porção do contrato que ficou com a Camargo Corrêa e Construbase recebeu foi acrescida de R$ 305,3 milhões, em um aditivo de 60,27% sobre o valor original, saltando para R$ 811,8 milhões somente o o valor da estrutura da ponte.
Ambos os contratos foram reajustados no total de R$ 65 milhões. Some-se a esse montante, mais R$ 25,1 milhões de assessoria para gerenciamento da obra, R$ 67 milhões do sistema de iluminação, e R$ 14,2 milhões do sistema de iluminação.
Impacto
Impacto
Nenhuma das obras recomendadas pelo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) da ponte sobre o rio Negro, na margem de Manaus, foram realizadas.
O estudo foi feito em 2008 por exigência da Prefeitura de Manaus. Na área de acessibilidade, o levantamento prevê viadutos e passagem de nível para facilitar o trânsito nos acessos e saídas da travessia.
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