A União Europeia elogiou nesta sexta-feira a declaração do Brasil de que aceita um tratado do clima global e legalmente vinculante para o combate à mudança climática após 2020, mas disse temer que a conferência do clima de Durban termine em fracasso.
A comissária europeia do Clima, Connie Hedegaard, disse a jornalistas nesta sexta-feira, último dia da COP-17, que o Brasil "apresentou uma proposta construtiva" e que a África do Sul, anfitriã da conferência, também fizera declarações no mesmo sentido.
Hedegaard também elogiou uma proposta conjunta do Aosis, grupo das nações insulares, e da União Europeia para produzir um novo protocolo do clima já em 2012. Um negociador de um grande país em desenvolvimento ontem criticou a proposta, dizendo que um protocolo em 2012 com as metas existentes hoje travaria o mundo num cenário de altas emissões, já que os números de corte voluntários propostos pelos países são insuficientes para evitar o aquecimento global acelerado.
"É preciso ter cuidado com o que você quer, porque você pode conseguir", afirmou o diplomata.
Segundo a comissária europeia, ainda existem dificuldades na negociação, que foi até às 4h30 da manhã de sexta, e que "um pequeno grupo de grandes emissores" ainda está impondo barreiras (China e Estados Unidos). "Se não houver nenhum movimento adicional de onde eu vi até as 4h da manhã, não haverá resultado em Durban." Um resultado positivo "ainda está ao alcance", disse a comissária, mas "não temos mais muitas horas".
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