terça-feira, 26 de julho de 2011

Novo Airão, lar de riquezas naturais no coração da Amazônia

MANAUS – Conhecido por ser o lar de grandes reservas florestais, o município de Novo Airão, no interior do Amazonas, possui diversas atrações turísticas. A cidade é o lugar ideal para quem busca férias calmas e em harmonia com o meio ambiente.
A história da cidade, construída por moradores originados de Airão Velho é cercada por uma lenda. A antiga Airão, Fundada no ano de 1694, é considerada a primeira povoação às margens do rio Negro, mais antiga que a primeira capital do Amazonas, Barcelos.
De acordo com historiadores, Airão Velho foi uma das vilas mais importantes no médio rio Negro, desde a época dos colonizadores portugueses até a Segunda Guerra Mundial, quando os aliados encontravam sua maior fonte de borracha para a fabricação de pneus e materiais cirúrgicos no látex da amazônia.
Velho Airão concentrava toda a produção de borracha do alto rio Negro, do rio Jaú e seus afluentes e do rio Branco, trazendo a produção de vilarejos próximos à Boa Vista (Roraima). Com o fim da guerra, os ingleses passaram a comprar látex de sua colônia: a Malásia. Os produtores amazonenses não estavam preparados para a concorrência asiática. Como Airão era um ponto de captação e distribuição, a cidade faliu.
Com a decadência do Ciclo da borracha, os moradores de Airão Velho passaram a abandoná-la, até ser deixada pelo último morador em 1985. Boa parte de sua população mudou-se para vilarejos mais próximos à capital do estado, Manaus, mas a maioria (108 pessoas) foi transferida para a vila de Itapeaçu, que passou a se chamar Novo Airão.
Como a população estava a abandonar a cidade, surgiu a lenda das formigas. Um político da época afirmou que a população estava sendo devorada por formigas e pediu ajuda para mudar a sede do município. Verdade ou mentira, o fato é que a partir de 1950 a população começou a ser transferida para onde hoje é Novo Airão. Airão Velho abriga hoje apenas ruínas de uma igreja, enquanto a nova sede se desenvolveu e é lar de 15 mil habitantes.
Atualmente, o turismo é a principal fonte da economia no município. Milhares de pessoas são atraídas pelas praias, festivais e também pela pacata rotina de interior. Novo Airão é o recanto de pessoas que procuram fugir da vida agitada, e muitas vezes estressante, das grandes metrópoles.
O município abriga a Estação Ecológica de Anavilhanas, arquipélago fluvial com 408 ilhas, e o Parque Nacional do Jaú, a maior área de conservação dentro de um único país. Além disso, o município também possui unidades de conservação municipais e estaduais, e duas terras indígenas da tribo Waymiri Atroari. Aproximadamente 90% do território de Novo Airão são Áreas de Proteção Ambiental.
Por muito tempo, a cidade também atraiu turistas por oferecer nado com botos cor-de-rosa, mamífero conhecido como o golfinho da Amazônia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a prática, que incluía a alimentação dos animais, prejudicava a espécie. Hoje a atividade é proibida por lei. No entanto, é comum ver os animais nadando pelo imenso rio Negro que banha a cidade.
O porto da cidade é o lugar preferido dos amantes da fotografia, por ter vista privilegiada do pôr-do-sol no rio Negro. À noite, o ponto mais frequentado é a “Praça do Dinossauro”, a principal do município. A irreverente estátua do animal pré-histórico também faz muitos visitantes questionarem: “afinal, por que tem um dinossauro na praça?”. Segundo os moradores, foram encontrados fósseis animais em Novo Airão e, como o dinossauro é o símbolo da arqueologia, a população solicitou à Prefeitura a homenagem.
As épocas mais agitadas para visitar Novo Airão são as dos festivais. Todo ano, a cidade comemora a Festa de São Sebastião, nos dias 19 e 20 de janeiro, a Festa do Padroeiro Santo Ângelo, em 5 de maio, o Festival Folclórico, em julho, e, no fim de outubro, o Festival do Peixe Boi.
É possível chegar ao município de carro, pela AM-352, que liga Manacapuru a Novo Airão. O turista pode também ir ao município de barco, desvendando as riquezas e segredos do vasto rio Negro.


A cidade também abriga alguns dos mais importantes hotéis de selva do Amazonas.


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