sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ibama aplica dois milhões em multas

Agentes de fiscalização têm bases em três municípios da região

Doze tratores apreendidos, 700 cabeças de gado confiscadas e mais de R$ 2 milhões em multa.  Este é o saldo parcial da Operação Disparada, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), deflagrada e em andamento desde março deste ano, nos 37 municípios da área de abrangência da Gerência Executiva de Marabá. 

O balanço foi divulgado na tarde de ontem, pelo engenheiro ambiental Paulo Vinicius Braga Marinho, um dos coordenadores da Operação, cujo foco é combater o avanço do desmatamento na região.  Paulo Vinicius Marinho, que está à frente da unidade do Ibama em Marabá desde janeiro deste ano, considera positivo o resultado e diz estar confiante de que também será positivo o reflexo desta ação nos índices de desmatamento, quando forem divulgadas as novas medições no final deste ano.

Segundo informou, a operação está acontecendo em três diferentes frentes de fiscalização.  Cada uma delas conta com uma base operacional, de onde partem os agentes para ações em vários municípios.  Uma base fica em Pacajá, outra em Redenção e uma terceira em São Félix do Xingu.  Ao todo, cerca de 50 homens estão envolvidos na operação, muitos deles cedidos por unidades do Ibama dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Alagoas.  As equipes têm a proteção de policiais militares e contam com o apoio de diversas viaturas e ainda de dois helicópteros.  A operação deve se estender até agosto, quando completará cinco meses.

Além das ações de repressão, o Ibama também está fazendo trabalho de conscientização nos municípios onde está acontecendo a Operação Disparada.  Entre uma e outra investida, são apresentadas palestras educativas, visando conscientizar e também envolver as comunidades na luta contra o desmatamento.  "Temos procurado alertar os colonos de que enquanto não houver redução do desmatamento, o Ibama vai estar presente com operações e ações de fiscalização", informa Paulo Vinicius, destacando que aqueles que não gostarem da presença do órgão federal devem saber que para se livrar dos agentes, precisam colaborar com a preservação.



Evandro Corrêa


Nenhum comentário:

Postar um comentário