domingo, 27 de fevereiro de 2011

Energia nuclear reduz em 19% emissão de gases de efeito estufa, diz estudo


Estima-se que 437 milhões de toneladas de gás carbônico deixarão de ser lançados na atmosfera


Usina de Angra dos Reis (RJ): previsão é gerar 1,3 GW dos 7,3 GW do Sistema Interligado Nacional.

Um estudo elaborado para a Eletronuclear pela Ecen Consultoria, divulgado nesta sexta-feira (25/02) no Rio de Janeiro, aponta que a participação de 7,3 gigawatts (GW) de energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2030 reduzirá as emissões de gases poluentes na atmosfera em 19%. Isso corresponde a 437 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que deixarão de ser lançados na atmosfera. 



O estudo mostra que sem a participação da energia nuclear, as emissões de CO2 seriam maiores porque, segundo o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, a alternativa de substituir a energia nuclear no Plano Nacional de Energia (PNE) seria energia térmica via carvão importado. 

De acordo com o levantamento, pode-se considerar que dentre os ciclos de combustível analisados do petróleo, dogás natural, do carvão mineral e da produção de bagaço da cana, a energia nuclear ainda é a mais limpa e a que emite menos. 

Guimarães também ressalta que o Brasil precisa de uma grande expansão na geração de energia elétrica.“Atualmente, o consumo per capita de eletricidade é metade do que Portugal consome, menos do que a média mundial e bem menos do que o Chile e a Argentina”. Portanto, se o país pretende alcançar o desenvolvimento econômico e social, precisará ter uma oferta de eletricidade muito maior. 

Outro ponto que o Brasil precisa investir é em fontes renováveis, especialmente a eólica e a de biomassa. Mas o carro-chefe do aumento da oferta continua sendo a energia hidráulica. “Só a hidreletricidade, a biomassa e a energia eólica não são suficientes para garantir esse aumento necessário da oferta. O Brasil também tem que lançar mão de expandir o seu parque de geração térmica”, afirma Guimarães.



Nenhum comentário:

Postar um comentário