Segundo o Imazon, foi o maior desmatamento detectado em um único mês desde novembro de 2007. O instituto também detectou um aumento de 13.500% na degradação florestal. Expectativa de mudança do Código Florestal pode estar relacionada com o aumento do desmate O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) antecipou para hoje (17) a divulgação dos dados de desmatamento detectado em abril de 2011 no estado de Mato Grosso.
De acordo com o instituto, apenas em abril Mato Grosso perdeu 243 km2 de florestas, o que corresponde a um aumento de 537% se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o desmatamento foi de apenas 38 km2. Este foi o maior desmatamento detectado pelo Imazon desde novembro de 2007.
No desmatamento acumulado nos últimos nove meses - período do calendário oficial de medição do desmatamento, que começa em agosto -, Mato Grosso desmatou 516 km2, o que representa um aumento de 96% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Parte do desmatamento detectado em abril pode ter ocorrido em meses anteriores, já que a cobertura de nuvens no período de chuvas impediu o monitoramento via satélite na época. De acordo com o Imazon, o aumento do desmatamento e degradação florestal em Mato Grosso pode estar associado à expectativa de mudança do código florestal, conforme anunciado pelo ICV em relatório divulgado no início de maio.
Os municípios que mais desmataram foram Nova Ubiratã, Portos Gaúchos e Itanhangá. "Ações fortes de combate ao desmatamento e degradação por parte do governo são urgentes e devem focar nos municípios críticos", diz o relatório.
Degradação aumenta 13.500%
O instituto também detectou 1.755 km2 de florestas degradas em Mato Grosso - florestas degradadas são áreas em que a mata é explorada ou queimada, mas não totalmente derrubada. Em abril do ano passado, o Imazon só havia detectado 13 km2 de degradação. Ou seja, a degradação florestal aumentou 13.500%.
No acumulado do calendário do desmatamento, foram 4,9 mil km2 de florestas degradadas, o que equivale a um aumento de 466% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O instituto ainda não divulgou os dados dos demais Estados da Amazônia Legal.
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