Alinhado com o discurso do Palácio do Planalto, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda-feira que "desmatadores não podem ser anistiados". A chamada anistia para os desmatadores é um dos principais pontos polêmicos da reforma do Código Florestal, aprovada na última quarta-feira (25) na Câmara, que será discutida pelo Senado.
O presidente do Senado disse que a Casa vai analisar a reforma com o tempo necessário.
O governo rejeita a anistia. O texto da Câmara legaliza todas as atividades agrícolas em APPs (Áreas de Preservação Permanente), como várzeas e topos de morros, mantidas até julho de 2008.
Esse ponto foi aprovado a partir de uma emenda apresentada pelo PMDB, com aval de alguns líderes governistas e da oposição, impondo a primeira derrota do governo Dilma Rousseff no Congresso.
Sarney ainda cobrou uma ação enérgica das autoridades para coibir a violência no campo. Hoje, o governo discute um plano de emergência para a região da Amazônia, após a morte de quatro pessoas em menos de uma semana. Os assassinatos teriam ocorrido por conta de conflitos agrários. "A ação do governo estadual, do governo federal conjunta deve ser muito enérgica, uma vez que isso representa sem dúvida alguma uma coisa de crueldade".
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